O dia 12 de outubro assinalou a realização da primeira reunião presencial do Conselho Geral do Politécnico de Lisboa, em período de Covid-19. O local escolhido foi o Auditório Vianna da Motta, na Escola Superior de Música de Lisboa, onde foram acauteladas as condições de segurança necessárias para a realização da reunião.
Para além da presidente Ana Bettencourt e restantes membros do Conselho Geral, (a conselheira Margarida Mano através do zoom), estiveram presentes o presidente e vice-presidente do Politécnico de Lisboa, Elmano Margato e António Belo, bem como o provedor do Estudante do IPL, Trindade Nunes.
Com o início do ano letivo, e atendendo às atuais circunstâncias pandémicas, António Belo informou os conselheiros que, em todas as Unidades Orgânicas foi adotado um regime de ensino misto, alternando entre aulas presenciais e à distância. Aproveitou, também, para fazer o balanço dos resultados da 1.ª fase do Concurso Nacional do Ensino Superior, no qual só quatro licenciaturas não preencheram a totalidade das vagas.
De acordo com a ordem de trabalhos, a direção do IPL apresentou aos membros do Conselho Geral, as linhas gerais do Relatório de Atividades da instituição, relativo a 2019. Por inexistência de contas certificadas do ISEL, foi tomada a decisão de apenas discutir o relatório de atividades, não sendo colocadas a votação as contas consolidadas, nas quais se incluem três entidades autónomas: Serviços da Presidência e Unidades Orgânicas, Serviços de Ação Social e Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Contrariamente às restantes entidades, o ISEL ainda não submeteu o respetivo documento ao Tribunal de Contas, pelo que o mesmo não consta do Relatório de Atividades em análise.
Assim, no que diz respeito às contas consolidadas, estas não foram colocadas à votação. O relatório de atividades de 2019 após esclarecidas algumas questões foi aprovado por unanimidade.
Trazendo a lume uma situação preocupante para a instituição, e ainda por resolver, o presidente do IPL, Elmano Margato, falou da questão referente às instalações da Escola Superior de Dança (ESD) e do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL). O líder do IPL falou da necessidade de uma tomada de posição do Conselho Geral, junto do Governo para, por um lado manifestar a preocupação quanto à situação precária das instalações do ISCAL e urgência da concessão da autorização, indispensável para o início da obra de construção do novo edifício. Por outro, da necessidade de novas instalações para a ESD, a funcionar, temporariamente, no Campus do ISEL. Neste caso, a instituição exige, que a verba a obter da venda do antigo edifício, situado no Bairro Alto, seja entregue ao IPL para financiamento da construção da nova Escola, pelo que esta posição deve ser transmitida à secretaria de Estado do Tesouro.
No que diz respeito aos dados do Relatório da Provedoria do Estudante do IPL, o provedor Trindade Nunes, deu a conhecer o documento, ressaltando o facto de, para cada 1000 estudantes, existirem 6 casos reportados. Trindade Nunes manifestou o “desejo que o estudante seja visto como uma pessoa com obrigações, mas também com direitos” e falou do trabalho desenvolvido pela Rede Nacional de Provedores dos Estudantes.
Em representação dos estudantes do IPL, o conselheiro Tiago Diniz, falou das dificuldades inerentes ao alojamento estudantil, fator determinante para a garantia de condições para a frequência do ensino superior por parte de jovens deslocados e com dificuldades financeiras.
No decurso da reunião foi feito o ponto de situação do processo eleitoral para a presidência do Politécnico de Lisboa, no âmbito do qual está agendada a audiência pública para o dia 26 de novembro.
Para definir um plano de trabalho para o futuro, Ana Bettencourt, presidente do Conselho Geral, promoveu a constituição de três comissões, sendo elas: revisão dos estatutos, acompanhamento e execução do orçamento e IPL e o Futuro.