Politécnico de Lisboa vai formar profissionais em cibersegurança

O Politécnico de Lisboa foi uma das 20 instituições a assinar, a 9 de junho, um memorando de entendimento com o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), para formar perto de 10 mil profissionais em cibersegurança até 2026. A cerimónia de assinatura, que contou com a presença do secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Filipe Campolargo, do diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança, Gameiro Marques e do coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, Lino Santos, decorreu no último dia da C-Days, uma conferência de três dias que teve lugar de 7 a 9 de junho no Centro do Congressos do Estoril.

António Belo na cerimónia de assinatura do memorando — Secretário de Estado Mário Campolargo cumprimenta o vice-presidente do IPL, António Belo

António Belo, vice-presidente do Politécnico de Lisboa, representou a instituição na assinatura do memorando que se destina à implementação de “um programa de formação avançado ministrado por várias instituições de ensino superior, e que vai permitir formar 9.800 especialistas na área da cibersegurança”, referiu o secretário de Estado Mário Campolargo. A C-Academy - Formação Avançada em Cibersegurança, visa “aumentar a oferta de recursos humanos especializados em cibersegurança à disposição das empresas e da administração pública”, referiu o membro do Governo.

A C-Academy - Formação Avançada em Cibersegurança – programa de formação profissional em cibersegurança e segurança da informação foi desenvolvido pelo CNSC, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR). As primeiras formações estão previstas para o terceiro trimestre de 2022, com a finalização da 1.ª fase do programa, no primeiro trimestre de 2026. O memorando formaliza a parceria entre o CNCS e a Academia, na qual se inclui a Fundação para a Ciência e Tecnologia, e que tem como meta estar presente em todos os distritos do país.

secretário de Estado Mário Campolargo — Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Filipe Campolargo

Sobre os ciberataques em Portugal, Mário Campolargo ressaltou que nos levaram “a sentir que o acesso aos serviços digitais não pode ser dado como garantido (...) passamos a ter a noção de que as redes e os sistemas de informação não são à prova de tudo”, frisou. Neste contexto, a C-Days é vista pelo secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, como uma “iniciativa fundamental aumentar a oferta de recursos humanos em cibersegurança”.

O segundo memorando “Aliança para a Cibersegurança”, que formaliza uma parceria entre o CNSC e entidades como a ANA, CTT, EDP, Grupo Nabeiro NOS, Sonae, entre outras, foi também assinado no último dia da C-Days.

Sobre o C-Days

A 8.ª edição do C-Days contou com o Alto patrocínio da Presidência da República e o apoio institucional da Câmara Municipal de Cascais e da Universidade do Porto e foi dedicada ao tema “Apostar na Prevenção”.

2015 foi o ano em que se realizou a primeira edição do C-Days – “pensada para ser um fórum de discussão e partilha de experiências vividas onde possamos de forma colaborativa responder às grandes questões da cibersegurança”, ressaltou Mário Campolargo.

A C- Days visa ser o ponto de encontro de profissionais e amadores da área da cibersegurança que proporciona o ambiente ideal para a partilha de conhecimento, visões e práticas de cibersegurança.

Flickr photos from the Cerimónia de assinatura do memorando de entendimento com o CNCS album.