Cinquenta e um jovens participaram no CIS Digital Camp, uma academia imersiva dedicada à promoção de uma cidadania digital mais consciente, segura e inclusiva, uma iniciativa do Centro de Internet Segura (CIS), coordenada pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), em parceria com o Politécnico de Lisboa e Fórum Estudante.
O Centro de Internet Segura tem como missão contribuir para uma cultura de utilização responsável da Internet, promovendo o combate aos conteúdos ilegais e à desinformação, e sensibilizando os mais jovens para práticas seguras no ambiente digital.
Durante três dias, de 23 a 25 de julho de 2025, os jovens participaram em atividades no campus do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) e ficaram alojados na residência de estudantes do IPL no campus do ISEL.
Na sessão de boas-vindas o Presidente do Politécnico de Lisboa, António Belo, desejou aos participantes: “uma semana rica em conhecimento. Ainda que seja um digital camp, espero que o vivam também de forma analógica, com troca de ideias, interações reais e ligação entre todos.”

Sendo a inclusão um dos valores essenciais do Politécnico de Lisboa, António Belo destacou ainda o cyberbullying como um dos principais obstáculos a uma convivência digital saudável.
Na abertura do CIS Digital Camp, Ruth Ferrony, do Departamento de Desenvolvimento e Inovação do Centro Nacional de Cibersegurança / Centro Internet Segura (CNCS/CIS), abordou as principais diferenças entre o bullying tradicional e o cyberbullying, sublinhando que este último “não tem hora de fim, acontece 24 horas por dia”. Apelou ainda à empatia e à ação: “Ajudem quem passa por este problema, sejam agentes de mudança. Nunca sabemos quando nos pode acontecer a nós.”
Os Serviços de Apoio Psicológico e Educativo (SAPE-IPL) dos SAS-IPL dinamizaram, no segundo dia da iniciativa, a atividade "O offline por dentro" que teve como objetivo sentir, no mundo real, experiências e vivências que tendem a ocorrer no mundo virtual, onde os jovens estão muitas vezes imersos.

Com recurso ao teatro, como forma de expressão, e através de cenários fictícios, mas que muitas vezes acontecem atrás dos ecrãs, os jovens foram desafiados a dar corpo e voz a situações que, habitualmente, acontecem atrás dos ecrãs.
Neste jogo entre o online e o offline, explorou-se o lado humano das redes sociais, despertando a empatia, o pensamento crítico e a atenção ao impacto emocional que levamos (e deixamos) nas nossas interações virtuais.
Também as docentes e investigadoras da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), Fernanda Bonacho e Margarida Alpuim, dinamizaram a atividade “Ver para além do ecrã” que propunha aos jovens o desafio de observar situações do quotidiano, num exercício de literacia mediática, com um olhar crítico.
Internet Segura: 800 219 090, das 8h às 23h todos os dias
Flickr photos from the CIS Digital Camp 2025 album.
Texto de MFC/ GCI
Imagens de AG/ GCI