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26.05.2020
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A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) é a primeira instituição, no país, a dedicar-se, primordialmente, à deteção de SARS-CoV-2 nas superfícies dos locais de trabalho. Estas análises têm início em junho, e vão ser realizadas em amostras ambientais recolhidas por empresas consultoras na área da Saúde Ocupacional, com as quais foram estabelecidos acordos.

A confirmação da ausência de SARS-CoV-2 em amostras ambientais das superfícies dos locais de trabalho, nomeadamente de restaurantes, creches, hotéis, termas, cinemas, empresas de gestão de resíduos, entre outros, possibilita o regresso das atividades laborais de forma mais segura.

Carla Viegas

Para Carla Viegas, docente da ESTeSL e coordenadora da equipa que vai realizar a análise das amostras ambientais, a prestação desta tipologia de serviço visa contribuir para a “garantia de uma maior segurança no retorno ao trabalho, porque atesta se os procedimentos de higienização e desinfeção, levados a cabo pelas empresas, estão a ser eficazes”.

H&TRC

A cooperação entre a academia e o tecido empresarial é atualmente reconhecido como um bem essencial no desenvolvimento de uma sociedade mais justa, segura e plural. Este projeto parte do H&TRC - Centro de Investigação em Saúde e Tecnologia. Os dados obtidos pretendem, não só contribuir para o controlo da pandemia em curso, como também contribuir para que em situações futuras, se possa atuar mais depressa.

A relação entre a ESTeSL e as empresas consultoras resulta da proximidade estabelecida através do desenvolvimento de diversos estágios e de antigos estudantes da licenciatura em Saúde Ambiental que contactaram a ESTeSL, com vista a suprimir as necessidades dos seus clientes impostas pela conjuntura atual.

Este é um sinal de reconhecimento da intervenção desta instituição de ensino superior, quer na prestação dos serviços à comunidade, quer pelos projetos de investigação na área da Higiene Industrial, com enfoque na avaliação da exposição ocupacional a agentes microbiológicos, que tem vindo a incrementar.

IMM

No âmbito deste projeto, a investigadora Carla Viegas realça que, sendo alguns docentes e investigadores da ESTeSL também investigadores do iMM - Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, este Instituto “tornou-se um natural contributo no apoio à implementação dos protocolos dos testes de deteção do novo coronavírus“.

Pretende-se, também, que esta prestação de serviços possa ser alargada ao Serviço de Saúde Ocupacional do Politécnico de Lisboa, de modo a garantir à comunidade académica uma maior segurança no regresso progressivo às atividades presenciais.

Numa segunda fase, para além da análise das superfícies ambientais, está em preparação a disponibilização de rastreio da população trabalhadora através da associação de dois testes: teste de despiste do SARS-CoV-2 e teste serológico, avança a investigadora Carla Viegas, doutorada em Saúde Pública, com especialização em Saúde Ambiental e Ocupacional.

Texto de CSS/GCI IPL
Fonte: H&TRC