Questões como a taxonomia da Arquitetura e das Artes Visuais e gestão do curriculum vitae de um docente do Ensino Superior Artístico estiveram em destaque no webinar "Taxonomia para a Aquitetura e Artes Visuais, validação e aplicabilidade na gestão e avaliação da instituição e do docente de Ensino Artístico", que decorreu a 27 de novembro. A iniciativa foi moderada pelo pró-presidente para as Artes do IPL, Paulo Morais-Alexandre.
O Webinar foi organizado pela Comissão Executiva para a Qualidade e pelo Gabinete de Qualidade e Acreditação do Politécnico de Lisboa. Nele participaram, para além de Paulo Morais-Alexandre, Cátia Rijo e Leonardo Charréu, docentes da Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx) e Cristina Gomes, docente da Universidade Lusíada.
Cátia Rijo, frisou a inexistência de um repositório destinado a materiais artísticos, que permita aos docentes provar o produto artístico. Na opinião da docente “há uma dislexia completa” no que se refere ao arquivo do material artístico produzido por docentes e investigadores. “todo o material está espalhado por várias plataformas”, isto dependendo do formato, adianta.
Os intervenientes foram unânimes ao referir as lacunas e o fosso existente entre os docentes do ensino artístico e os restantes. Foi referida a necessidade de desenvolver um repositório, nas Instituições de Ensino Superior, que permita outro tipo de suportes, com total reconhecimento científico. Isto porque na opinião dos docentes, não é razoável falar em repositório científico e num outro artístico, refletindo a inexistência de um sistema universal.
Para Cristina Gomes, não pode ser exigido à A3ES reconhecimento do trabalho dos docentes do ensino artístico, quando as IES não o fazem. Na sua perspetiva, é fundamental que os websites das IES disponibilizem as notas biográficas dos docentes.
Já Leonardo Charréu fala da falta de estabilização das plataformas para elaboração dos curricula, que de tempos a tempos se foram sucedendo umas às outras, caso da Orcid e da Degois.
Para Paulo Morais-Alexandre, estes contributos servem para, no IPL, simplificar o trabalho a desenvolver nesta matéria. Sendo a avaliação dos docentes feita com base nos artigos depositados no repositório, não há como negar que o trabalho produzido ao nível artístico não encaixa neste formato.