O presidente do Politécnico de Lisboa, Elmano Margato, foi um dos primeiros voluntários do rastreio financiado pelo Politécnico de Lisboa, levado a cabo pelos investigadores do Centro de Investigação em Saúde e Tecnologia - ESTeSL/H&TRC. Inserido no projeto IPL Momento Zero, este trabalho visa assegurar a máxima segurança na retoma letiva em pandemia COVID19 com um rastreio, voluntário e gratuito aos trabalhadores da instituição, através de testes serológicos rápidos, para pesquisa de anticorpos contra o SARS-COV-2, o vírus causador da COVID-19.

Através da realização de testes aos mais de 1500 trabalhadores dos serviços e Unidades Orgânicas do Politécnico de Lisboa, vai ser possível, não só identificar potenciais infeções ativas com deteção de respostas imunológicas ativas (IgM) contra o vírus SARS-CoV-2, avaliar e quantificar uma potencial resposta imunológica de memória (imunidade IgG) contra o vírus SARS-CoV-2, mas também avaliar potenciais alterações hematológicas na comunidade académica do IPL.
O rastreio é possível graças à “estreita colaboração com a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) através do Centro de Investigação H&TRC que resulta do espírito de cooperação e esforço conjunto existente na comunidade académica e o know how necessário para a minimização do impacto da pandemia”, bem como o potencial de dinamização desta área de investigação, no âmbito do H&TRC. Quem o diz é António Belo, vice-presidente do Politécnico de Lisboa e coordenador institucional do Plano de Contingência do IPL.

Os testes serológicos rápidos estão a ser feitos por investigadoras do H&TRC, nas instalações da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, onde o resultado é dado a conhecer no prazo de 15 minutos.

No caso da colheita de sangue para realização do hemograma que serve para avaliar potenciais alterações hematológicas, as amostras recolhidas seguem para análise do laboratório do Centro de Investigação, sendo os resultados revelados num prazo máximo de 48 horas.

Paralelamente ao rastreio vai ser feito um trabalho de detenção da eventual presença do SARS-CoV-2 nos locais de trabalho, de modo a evitar surtos e garantir a segurança da comunidade académica. Já em agosto, o H&TRC realizou recolha de amostras nos Serviços da Presidência do IPL e nas várias escolas e institutos superiores da instituição que permitiram assegurar a inexistência do SARS-CoV-2.

Este primeiro projeto, iniciado em junho, pela equipa de investigação da ESTeSL, que visa a deteção molecular de SARS-CoV-2 em amostras ambientais das superfícies dos locais de trabalho de várias instituições, aliado à capacidade de realização de rastreio através de testes rápidos (serológicos), já permitiu identificar uma suspeita de infeção ativa por SARS-CoV-2 num trabalhador de um lar. O trabalhador identificado ficou em isolamento profilático até confirmação através de diagnóstico molecular. Foi, entretanto, feito rastreio aos utentes do lar e restantes trabalhadores, bem como feita análise do agente pandémico às superfícies, consideradas como pontos críticos. Os resultados permitiram confirmar a inexistência de suspeita de outros casos com infeção ativa e, ainda, a ausência do SARS-CoV-2 nas amostras ambientais analisadas.
No âmbito do combate à pandemia da Covid 19, os investigadores da ESTeSL/H&TRC consideram fundamental realizar um rastreio periódico a trabalhadores e utentes dos lares, com o objetivo de identificar, precocemente, infeções ativas causadas pelo SARS-CoV-2 evitando, assim, surtos na população classificada como de elevado risco para este agente pandémico.
Texto de CSS/GCI IPL
Fonte: ESTeSL/H&TRC
Flickr photos from the Começaram os testes serológicos no Politécnico de Lisboa album.
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