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26.05.2020
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A Escola Superior de Dança retomou, no dia 25 de maio, a atividade letiva presencial das unidades curriculares práticas, suspensas desde o dia 13 de março, para estudantes de licenciatura e no caso dos mestrados para a realização de provas. A decisão foi tomada pela direção, conselhos de gestão da escola e pelas comissões científicas dos cursos.

A escola passa a funcionar em regime misto com aulas teóricos online e aulas presenciais.

ESD retoma atividade presencial

Medição da temperatura corporal voluntária à entrada da escola; uso obrigatório de máscara; orientações de circulação; restrições e recomendações, afixadas em vários locais da escola, são várias as medidas implementadas no retomar da atividade letiva presencial.

 “Este é um momento de grande apreensão, mas tomámos as medidas necessárias para que o regresso à escola seja feito da forma mais segura”, assegura Vanda Nascimento, diretora da Escola Superior de Dança. O trabalho realizado resultou das indicações dos serviços de Saúde Ocupacional do Politécnico de Lisboa, “tentámos minimizar as hipóteses de contágio”, acrescenta a diretora.

Para as estudantes finalistas do curso de dança a escola preparou o regresso de “forma muito minuciosa”. As estudantes que se preparam para começar a aula de técnica de dança clássica estavam ansiosas por voltar. A falta de espaço em casa para prática da dança foi a limitação mais sentida durante o tempo de confinamento.

ESD

As aulas vão funcionar de segunda a sexta, com três turnos diários com horários desfasados para que não haja cruzamento entre estudantes. As aulas têm início às dez da manhã e terminam às nove da noite para evitar que os estudantes não viajem nos transportes públicos nos horários de maior afluência.

ESD retoma atividade presencialEm cada sala de aula vai ser possível cumprir mais do que os dois metros de distanciamento social estipulado, diz a diretora da escola assim como os professores estão elucidados e preparados para que "não vai ser possível recorrer ao toque nas aulas." Para  Liliana Mendonça, professora de técnica de dança clássica, “Vai ser muito difícil não tocar nos alunos.” porque “A proximidade corporal é normal na forma de comunicar. Não tocar numa correção não é normal” explica a professora que, na preparação do primeiro dia de aulas, teve em conta que os alunos estão parados há mais de dois meses, mesmo no caso de terem praticado exercício, “vai ser necessário acordar o corpo.”

A professora vai retomar a atividade com os estudantes com“muita calma” neste novo início, até porque o uso da máscara pode dificultar a oxigenação ao cérebro provocando sensação de tontura ou mal estar, explica. Apesar das limitações também a professora estava ansiosa por voltar a dar aulas “Para nós bailarinos é como estivéssemos num colete de forças durante dois meses” refere a professora que sublinha “Não é só a parte psicológica que é dura, é o corpo a gritar por mobilidade.”

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Para além do uso obrigatório de máscara os professores vão usar viseira, e os estudantes recebem no primeiro dia de aulas um kit com duas máscaras reutilizáveis cuja manutenção fica a seu cargo.

As aulas na Escola Superior de Dança decorrem com um intervalo de uma hora para que decorra a limpeza e desinfeção do espaço e superfícies. Todos os locais onde decorrem as aulas têm ventilação natural.

 A Escola vai estar em funcionamento, com as aulas práticas, até 31 de julho, e algumas das atividades ainda vão decorrer em setembro.

texto e fotos de VG/GCI