Foram quatro dias de homenagem que incluiram projeção de filmes e lições, com o objetivo de refletir sobre a vida e obra do realizador, que culminaram com a atribuição da Medalha de Prata do Politécnico de Lisboa e do nome à Sala de Visionamento de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC).
Paulo Morais-Alexandre, pró-presidente do IPL para as Artes, conduziu a sessão solene de homenagem a António Reis, centrando a intervenção no que considera o património imaterial que a Escola Superior de Teatro e Cinema já acumula, com nomes reconhecidos do cinema que foram e são professores da instituição, como o caso do homenageado e alguns entretanto formados pela ESTC, caso de João Salaviza e mais recentemente David Pinheiro Vicente. "Homens como António Reis, ajudaram-nos a encontrar o caminho e lutaram para que esta Escola continue a ser o que é", reforçou o pró-presidente.
Álvaro Correia, vice-presidente da ESTC e diretor do Departamento de Teatro leu, perante a plateia, uma pequena nota biográfica de António Reis, recorrendo a muito do que se escreveu e disse sobre o realizador. Natural de Valadares, António Reis foi professor da ESTC entre 1977 e 1991, ano em que faleceu. Dele diziam "trabalhar como um obcecado pelos diálogos". Para António Reis "não interessavam as regras do cinema clássico".
Perante a ausência da família, Paulo Morais-Alexandre entregou o Diploma e a Medalha de Mérito do Politécnico de Lisboa a Vítor Gonçalves, docente e coordenador da área de realização da ESTC.
No final da sessão, o pró-presidente do IPL para as Artes e o vice-presidente da ESTC e diretor do departamento de Cinema, José Bogalheiro, fizeram descerramento da placa na sala de visionamento de cinema, que passou a chamar-se Sala António Reis.
Texto de CS/GCI
Fotos de LR/GCI
