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Edifício da Superior de Música distinguido com Prémio Valmor

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 Edifício da Superior de Música distinguido com Prémio Valmor

O Salão Nobre dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa (CML) foi o local escolhido para a cerimónia de atribuição do Prémio Valor e de Arquitetura de 2008, mas também de 2007 e 2009.

A “festa da arquitetura”, como o presidente da CML, António Costa se referiu à iniciativa, traduz-se no regresso a uma “tradição para todos os que amam a nossa cidade”, deixou expresso no final da cerimónia.

Carrilho da Graça autor do projeto do edifício da ESML e Vicente Ferreira, presidente do IPL, receberam das mãos de Simonetta Luz Afonso, presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, o respetivo prémio.

A escolha da Escola Superior de Música de Lisboa tem, segundo informações da Câmara Municipal de Lisboa, a ver com a “escala urbana, poderosa, de um macro volume implantado num contexto suburbano agressivo e desqualificado”.

Para o arquiteto esta distinção tem especial importância por ser um prémio da cidade onde vive há mais de 40 anos. Ansioso por continuar o que começou, uma vez que ainda há muito a fazer no espaço exterior à escola, Carrilho da Graça confessa que tentou “fazer uma escola para as pessoas. Onde as pessoas que lá trabalham e vivem se sintam bem”. Sendo na sua opinião um espaço um pouco ruidoso, “um pouco contraditório para uma escola de música”, adianta, tentou “proteger a escola e criar um espaço tão humano e positivo quanto possível para que a prática e o ensino da música possam progredir”.

O júri foi constituído pela vereadora da cultura da CML, Catarina Vaz Pinto, pelo diretor municipal de Planeamento, Reabilitação e Gestão Urbanística, Jorge Catarino Tavares e pelas seguintes personalidades externas: arquiteto Francisco Silva Dias (nomeado pelo presidente da CML), arquiteto António Marques Miguel (representante da Academia Nacional de Belas Artes), arquiteto Michel Toussaint (representante da Ordem dos Arquitetos Portugueses) e o arquiteto José Manuel Fernandes (representante da Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa. Os membros do júri avaliaram 137 obras em 2007, 115 de 2008 e 167 de 2009.

O Prémio Valmor, retomado, findos 3 anos de paragem, visa “promover e incentivar a qualidade arquitetónica, tanto em novas edificações, como na reabilitação de imóveis, conjuntos edificados e espaços verdes, sendo premiadas obras que o júri elege como contributos significativos para a valorização da cidade de Lisboa, bem como para a salvaguarda do seu património arquitetónico e também paisagístico”, segundo nota da CML.