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05.01.2018
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O edifício da ESD está localizado no centro histórico de Lisboa, no Bairro Alto, na casa onde nasceu Marquês de Pombal e há muito mostra sinais de degradação, que se agravam nos dias de chuva intensa. A Associaçao de Estudantes da ESD e a Federação de Estudantes de Lisboa uniram-se para reivindicar melhores condições para a Escola de referência no ensino da dança em Portugal.

Salas e estúdios onde chove, instalações elétricas degradadas com fios a descoberto, cortinas que substituem portas nos balneários, frio, bolor e humidade, são algumas das queixas dos estudantes da Escola Superior de Dança que aproveitaram a passagem da secretária de Estado do Ensino Superior, Fernanda Rollo, pela instituição, para darem o testemunho do que é enfrentar diariamente as dificuldades impostas pelas más condições do edifício.

O auge da insatisfação dos estudantes aconteceu com o cancelamento de um espetáculo de apresentação ao público, que deveria acontecer a 21 de dezembro último, que não foi realizado devido a problemas elétricos do quadro de alimentação do Átrio, espaço de atuação usado para o efeito.

Fernanda Rollo, a subdiretora-geral da Direção Geral do Ensino Superior, Ângela Noiva, o presidente do IPL, Elmano Margato e a diretora da ESD, Vanda Nascimento visitaram a escola em conjunto, conversaram com estudantes do 2.º ano da licenciatura num dos estúdios e reuniram com as estruturas associativas, para em conjunto pensarem em soluções para o futuro da instituição.

A secretária de Estado mostrou-se solidária com os estudantes e frisou a importância do ensino artístico no contexto nacional, reconhecendo na Escola Superior de Dança a referência na área da Dança. Mostrou-se preocupada e tentou perceber a origem e motivação dos estudantes para a escolha da instituição, inserida no Politécnico de Lisboa.

Elmano Margato reforçou que o Politécnico de Lisboa há muito alerta a tutela para a degradação do edificio, onde tem consecutivamente, feito obras de "remendo" para evitar situações piores. Não podendo fazer promessas, o dirigente assume estar do lado dos estudante e pretende continuar a trabalhar na procura de soluções.

Andreia Marinho, presidente da Associação de Estudantes da ESD e João Rodrigues, presidente da Federação Académica de Lisboa reuniram com os vários dirigentes, após a visita, e falaram de pressão que sentem por parte dos estudantes que representam para a solução dos problemas mais imediatos. Frisaram as responsabilidades do poder político perante uma instituição de ensino pública, para a qual os estudante pagam propinas como quaisquer outros.

Fernanda Rollo, disse não poder fazer promessas mas garante que vai estudar e trabalhar no sentido de dar respostas aos estudantes, nomeadamente para encontrar um espaço alternativo para os estudantes poderem levar a cabo os espetáculos. Pediu ainda a ajuda dos estudantes para que lhe façam chegar questões e contributos que possam ajudar a sensibilizar as entidades que podem ajudar a resolver os problemas da ESD.