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20.03.2020
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Em resposta à suspensão de aulas presenciais, os docentes das escolas e institutos superiores do IPL, recorrem, a partir de casa, aos inúmeros recursos tecnológicos disponíveis para promover a continuidade do trabalho pedagógico. Patente está o espírito de entreajuda na comunidade académica, com uma constante partilha de ferramentas e dicas sobre a melhor forma de nos adaptarmos às atuais circunstâncias. A adesão, essa, está a ser muito positiva, em muitas das turmas há a participação da totalidade dos estudantes.

Gerir o privado e o coletivo é, segundo Ricardo Pereira Rodrigues, docente da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), um grande desafio. Em casa são muitos os docentes que se adaptam a uma nova realidade que se traduz na partilha de espaço entre filhos e pais, para garantir que as escolas continuem a funcionar remotamente.

Ensino à distância

O mestrado Didática da Língua Portuguesa no 1.º e no 2.º Ciclo do Ensino Básico lecionado na Escola Superior de Educação de Lisboa (ESELx), cuja 2.ª edição está a decorrer, está a ser lecionado a 100% em modelo e-learning. Sendo uma formação pós-profissionalizante destinada a professores, este momento foi uma oportunidade encontrada pelos docentes para o uso exclusivo de ferramentas digitais.

Com a colaboração dos docentes da ESCS, Ricardo Pereira Rodrigues e Joana Souza, aos quais se junta Adriana Cardoso da ESELx (coordenadora do mestrado) foram pensados e concebidos tutoriais que facilitam a utilização da plataforma Colibri. Estes tutoriais foram entretanto disponibilizados a toda a comunidade do Politécnico de Lisboa, através da página do IPLNet.  

Tutorial Colibri

No caso da ESCS está a ser garantido o funcionamento remoto de aulas nos horários e dias habituais, garantindo a coesão de estudantes e docentes e como forma de assegurar alguma estabilidade, a nível emocional. Como complemento foram criados grupos privados nas redes sociais como forma de contacto mais próxima. "Estamos a replicar em vídeo o que faríamos em aula. Fornecemos materiais para os estudantes prepararem a sessão, 3 a 4 dias antes de se realizar", refere Ricardo Rodrigues.

A plataforma Moodle, plataforma de suporte à aprendizagem via web, está a ser escolhida pela maioria dos docentes, quer na ESCS, quer na Escola Superior de Dança. Na escola artística do IPL, está previsto o reinicio das atividades letivas, num modelo não presencial, para o dia 23 de março, data em que depois de “um trabalho base necessário, estamos preparados para avançar”, diz Ana Silva Marques subdiretora da ESD e gestora do Moodle na escola. Esta ferramenta que até ao momento se destinava apenas ao mestrado em Ensino de Dança, vai agora alargar a todos os cursos em funcionamento na instituição.

Na Escola Superior de Música de Lisboa, segundo o diretor Miguel Henriques, a maior parte dos docentes já reestabeleceu os processos pedagógicos com as ferramentas disponíveis, Colibri-zoom, Youtube e Skype, entre outras. Para o dirigente da escola artística, motivação e empenho são as palavras de ordem.

Já Renato Abreu, docente de Ciências Biomédicas Laboratoriais (CBL) da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), dá conta de que nesta escola estão a ser usadas, quer as ferramentas institucionais, quer ferramentas não institucionais, dependendo das especificidades do curso. No caso da licenciatura CBL a aplicação LeucoDiff está a ser usada pelos alunos de Hematologia que procurem um reforço ao seu estudo.

LeucoDiff

Esta aplicação foi desenvolvida no âmbito do Programa de Investigação, Desenvolvimento, Inovação e de Criação Artística (IDI&CA) do IPL, com autoria de uma equipa de docentes da ESTeSL, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) e Universidade Aberta (Renato Abreu, Rui Jesus, Edna Ribeiro, Teresa Cardoso). O resultado final deste trabalho foi uma app alojada e disponível, gratuitamente, na loja da Google Play.

“A ESTeSL preparou-se antecipadamente para a situação atual, mas estamos sempre ativos na procura de soluções e mitigar a distância entre estudantes e o Politécnico de Lisboa”, diz Renato Abreu. Segundo o docente o feedback por parte dos estudantes é positivo, facto comprovado por um testemunho enviado aos docentes. "Temos notado o vosso esforço, dedicação e disponibilidade com este novo método de ensino, para que neste momento delicado, possamos continuar a nossa formação profissional sem grandes percalços. Assim, antes de mais, gostaríamos de vos agradecer por todo o tempo que tiraram para nos proporcionar o melhor”, foi a mensagem de agradecimento deixada por um estudante de CBL.

ISEL

No ISEL, depois de suspensas as aulas não presenciais, foi decidido o arranque de um novo modelo de ensino à distância a 23 de março, com recurso à plataforma Colibri. A estratégia seguida partiu de uma Comissão de Implementação e Acompanhamento do Processo de Ensino à Distância, constituída por representantes de cada área departamental e pela presidência da instituição. Segundo Lucía Suárez, vice-presidente do ISEL, “estão a ser reunidos contributos, dúvidas e problemas que este novo modelo de ensino possa trazer”.

Tal como a ESCS, o ISEL tem disponível, na página da instituição, dedicada ao ensino à distância, um tutorial com conselhos destinados a docentes e estudantes.   

O Politécnico de Lisboa tem disponivel informação referente aos vários recursos pedagógicos, numa área do site institucional desenvolvida com o objetivo de manter a comunidade académica unida e informada.

Texto de CSS/GCI IPL