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19.11.2013
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A internacionalização do ensino superior português passa, em primeiro lugar, por consolidar a identidade e valorizar as instituições politécnicas e universitárias, no país, defendeu o presidente do conselho coordenador dos institutos superiores politécnicos, na conferência organizada pela Direção Geral do Ensino Superior. O encontro, realizado no dia 14 de novembro, no Teatro Thalia, abordou questões da internacionalização do ensino superior: oportunidades, programas e graus conjuntos.

“O primeiro espaço que temos de ser competitivos é no espaço doméstico”, sublinhou Joaquim Mourato, representante dos politécnicos, que propõe que os dois subsistemas de ensino façam ações conjuntas de promoção internacional do ensino superior português.

Atualmente as instituições politécnicas têm protocolos de mobilidade com mais de 60 países, em áreas distintas de conhecimento, contudo o número de docentes e funcionários recebidos é superior ao de enviados, disse o presidente do CCISP, “razão pela qual temos de trabalhar mais”.

Para além do reforço da internacionalização, com ligação à comunidade lusófona e à Europa, ser uma das propostas do CCISP, Joaquim Mourato reconhece o esforço dos politécnicos, dando o exemplo das atividades desenvolvidas com a escola portuguesa em Macau, que tem permitido “abrir portas e estabelecer parcerias com instituições chinesas”.

O representante referiu ainda a cooperação dos politécnicos portugueses com as universidades tecnológicas polacas (KRUP), no âmbito da mobilidade docente, discente e investigação.

[video:http://www.youtube.com/watch?v=xcABo7AcIgg]

Financiamento para internacionalização

Está em fase de preparação uma linha de financiamento para apoiar as instituições portuguesas de ensino superior a internacionalizarem-se. Ainda não estão definidos os montantes, mas o Ministro da Educação e Ciência explicou, no final da conferência "Internacionalização do Ensino Superior", que o novo acordo de parceria entre Portugal e a União Europeia inclui verbas para as universidades portuguesas captarem estudantes estrangeiros.

"Facilitar contactos no estrangeiro, apoiar a participação em grandes feiras internacionais de divulgação mundiais" são algumas das iniciativas que podem ser apoiadas, disse Nuno Crato. O objetivo é ter mais estudantes estrangeiros nas universidades portuguesas, que paguem "propinas que correspondam ao custo real de ensino", sublinhou o Ministro da Educação e Ciência, contribuindo, desta forma, para o aumento das receitas próprias das instituições. O Estatuto de Estudante Internacional, que se aguarda publicação, vai permitir que as instituições possam cobrar propinas aos alunos estrangeiros.

O Ministro da Educação e Ensino defendeu ainda o aumento de graus académicos conjuntos com instituições internacionais, o que implica a colaboração com investigadores e professores de outras universidades.

Texto de Vanessa de Sousa
Fotos e vídeos de Clara Silva

 


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