Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa no ranking mundial

No âmbito da Semana Internacional de Acesso Aberto, realizou-se, a 22 de outubro, nos serviços da presidência do IPL, uma sessão de sensibilização para o depósito de produção científica, que contou com a presença de Vicente Ferreira, presidente da instituição. Os bibliotecários Maria da Luz Antunes e Miguel Mimoso Correia fizeram o balanço de dois anos de trabalho em prol do desenvolvimento do Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa (RCIPL).

Associando-se a uma realidade que está na ordem do dia das instituições de ensino superior, o IPL decidiu avançar com o RCIPL em setembro de 2011. Em dezembro desse mesmo ano, o RCIPL foi integrado no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) com 844 documentos depositados.

O repositório marcou a entrada do IPL e suas unidades orgânicas no universo do Acesso Aberto, no qual a ciência está disponível ao público, de forma livre e gratuita. O trabalho científico produzido e disponibilizado pela comunidade académica do IPL garante uma maior exposição nacional e internacional, aumentando a probabilidade de existirem citações por parte de outros investigadores. Os conteúdos do RCIPL traduzidos em 2412 documentos contemplam informação desde 1988 até à atualidade, com prevalência de informação editada em 2011 e 2012. Os dados apresentados pelos bibliotecários do IPL indicam que desde a entrada em funcionamento do RCIPL, a 9 de setembro de 2011 até 10 de setembro deste ano, o repositório registou 451.839 consultas de documentos, sendo os EUA o país com maior índice de pesquisas, muito pela existência em cada universidade de equipas inteiramente dedicadas a este tipo de pesquisas. Portugal está no segundo lugar seguido da China e do Brasil, da lista de países que consulta os documentos depositados no Repositório Científico do IPL.

Seguindo a definição de políticas de Open Access que tem vindo a ser seguida a nível europeu e internacional, em Portugal, o artigo n.º 50 do Decreto-Lei n.º 115/2013 de 7 de agosto de 2013 tornou obrigatório o depósito de uma cópia digital das teses de doutoramento e dissertações de mestrado, num dos repositórios que integre a rede do Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal. Também no sentido de promover um maior acesso e difusão dos resultados de investigação financiada, a Fundação para Ciência e Tecnologia redigiu uma proposta de “Política de acesso aberto”, cuja versão inicial está em discussão. O documento define a obrigatoriedade na disponibilização das publicações resultantes de projetos de I&D financiados pela instituição num repositório nacional.

O Repositório Científico do IPL resulta do trabalho desenvolvido pelo grupo de bibliotecários do IPL, que tem como objetivo central a divulgação da produção científica da comunidade académica da instituição. O depósito de documentos: dissertações; artigos; comunicações e posters; capítulos; livros; palestras; teses de doutoramento; recensões, relatórios; preprint’s e outros, está a ser conduzido pelos bibliotecários de cada uma das unidades orgânicas do IPL, bastando proceder à entrega do documento, incluindo resumo e palavras-chave associadas em suporte digital.

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