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10.02.2018
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Foi uma das mensagens deixadas por Sampaio da Nóvoa na sua intervenção como orador convidado do I Encontro "Desafios: IPL no Ensino Superior", promovido pelo Conselho Geral do Politécnico de Lisboa na comunidade académica, que decorreu a 5 de fevereiro, na Escola Superior de Comunicação Social. A posição de Sampaio da Nóvoa é agora reforçada pela Avaliação da OCDE ao ensino superior nacional, divulgada a 9 de fevereiro, que defende o fim da exclusividade das universidades na concessão de doutoramentos.

Defensor da reorganização do Sistema de Ensino português e suas especificidades, Sampaio da Nóvoa relembrou o trabalho que fez, no início do seu mandato na Universidade de Lisboa, na ligação entre esta e o Politécnico de Lisboa, trabalho interrompido pelo poder político em 2007. 

“Politécnico na Pólis”, foi o tema da intervenção do reitor honorário da Universidade de Lisboa, que começou por defender a existência de uma grande diversidade de instituições de ensino superior (IES), mas não de um sistema binário imposto por Lei. “A diversidade pode ser feita no interior das IES sem necessidade de rigidez da Lei”, disse aos membros da comunidade do IPL.

Sampaio da Nóvoa acredita que o Ensino Superior está em profundas mudanças, “aceleradíssimas, e não basta continuar a fazer o que se faz bem. Quem ficar parado nas mesmas lógicas não vai conseguir e ficará para trás”. Na sua perspetiva, o Politécnico de Lisboa deve assumir uma mudança, mas para isso “é preciso ir mais longe”, por exemplo através de cursos transversais e uma aposta na transdisciplinaridade. Esta foi aliás a palavra de ordem da reflexão, usada, quer por Ana Maria Bettencourt, presidente do Conselho Geral, quer pelo Presidente do IPL e pelo orador convidado.

A intervenção de Sampaio da Nóvoa veio reforçar ainda mais a posição de Elmano Margato, presidente do IPL, que deixou claro que, este I Encontro juntou a comunidade para encontrar formas “que nos permitam crescer para podermos ser mais proveitosos ao país, contribuindo para criar mais riqueza, na expetativa de que esta possa ser distribuída de forma mais equilibrada e justa”. “É conhecido que o Politécnico de Lisboa trabalha para alcançar a plenitude de competências no panorama do ensino superior português. Não se trata de um capricho, é um desígnio que a prazo a todo provirá”, disse o dirigente do IPL, que há muito defende este ponto de vista. 

Às perguntas deixadas no início do Encontro por Ana Maria Bettencourt: O que é que se pode pedir, hoje, às Instituições de Ensino Superior e o que pode, o IPL fazer, junto da comunidade e na educação para a cidadania, a mesma concluiu que “o Politécnico de Lisboa tem condições para a diversidade e para caminhar para construir uma nova identidade e repensar o ambiente de trabalho e as pedagogias”.

O I Encontro dirigido à comunidade do Politécnico de Lisboa contou ainda com as intervenções de membros cooptados do Conselho Geral: José Cordeiro Duarte, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Baptista da Costa, antigo docente do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa e revisor oficial de contas e Jorge Sales Gomes, Chief Technology Officer , da nova marca comercial criada pela Brisa para o mercado internacional.

Texto: CS/GCI
Fotos: MN/GCI

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