No dia 3 de Junho, foi promovida, pelo Serviço de Saúde Ocupacional do IPL, uma ação de informação, que teve como objetivo sensibilizar a comunidade e apresentar, não só um conjunto de medidas, como também de fatores risco presentes no quotidiano de cada um.
A abertura da sessão contou com a presença de Manuel Correia, vice-presidente do IPL e de João Lobato, presidente da ESTeSL que destacaram a importância do serviço de saúde ocupacional no IPL, bem como a necessidade da existência deste tipo de serviços em Portugal.
Graciela Simões, médica do Trabalho, apresentou alguns dados da atividade desenvolvida pelo SSO no primeiro ano de funcionamento, frisando a importância do apoio e incentivo da presidência do IPL à área de Saúde Ocupacional. A médica realçou a qualidade do programa implementado, afirmando que "temos um serviço de qualidade, que podemos partilhar com outras instituições, através de parcerias".
A iniciativa "Falando de Saúde Ocupacional", realizada no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, contou com reconhecidos oradores: Carlos Silva Santos, coordenador do Programa Nacional de Saúde Ocupacional da Direção Geral da Saúde e Professor da Escola Nacional de Saúde Pública - Universidade Nova de Lisboa; António de Sousa Uva, professor Catedrático da Escola Nacional de Saúde Pública e Florentino Serranheira, Professor da Escola Nacional de Saúde Pública, que cada um na sua especialidade, abordaram questões de relevo da Saúde Ocupacional.
Na sua abordagem à gestão dos riscos de saúde no trabalho, o médico António Sousa Uva falou da importância que assume o formato das nossas ferramentas de trabalho e do ambiente que envolve o trabalhador, fatores aos quais considera não ser dado o devido valor e que poderiam ser evitados. Segundo o especialista em medicina do trabalho, “a sociedade moderna sem riscos é como um jardim sem flores”. Realçando o papel da análise dos riscos, Sousa Uva adiantou que “nem tudo o que é observável são fatores de risco, muitas vezes, as pessoas conseguem verbalizar coisas que não são observáveis”.
O Ergonomista Florentino Serranheira abordou questões relacionadas com as lesões músculo-esqueléticas, que se devem, na maioria dos casos, ao ambiente e ao local de trabalho, sendo, na sua opinião, necessário adaptar as condições de trabalho às pessoas e não o contrário.
A médica do Serviço de Saúde Ocupacional do IPL, Rita Pereira, falou aos participantes da sessão de informação dos fatores de risco psicossociais no trabalho, como o stress, a violência e assédio, realçando a necessidade de existir uma proximidade e flexibilidade por parte da entidade empregadora. Ana Sabino, responsável dos Serviços de Logística, Ambiente e Segurança da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, continuou o tema referindo o impacto que o stress tem na vida pessoal do individuo e na forma como as suas relações são afetadas.
No fim desta sessão, houve espaço para debate com todos os presentes, de modo a fomentar tudo o que tinha sido apresentado até então.
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