“Dançar com o corpo” é a tendência atual das companhias profissionais que apostam, cada vez mais, em projetos artísticos onde o corpo é a “expressão mais forte”, referiu Nélia Pinheiro, na masterclass, destinada aos alunos finalistas da Escola Superior de Dança.
Na iniciativa, realizada a 19 de novembro, a diretora artística, da Companhia de Dança Contemporânea de Évora, aconselhou os estudantes a apostarem na vertente artística, cada vez mais valorizada pelos coreógrafos no mercado de trabalho, para além da técnica que aprendem na escola.
Nélia Pinheiro partilhou com os alunos a ideia que o interprete é o “artista que se consegue verdadeiramente expor” e, se noutros tempos, houve uma maior procura pela componente das artes performativas nos espetáculos (fala, vídeo, som), hoje em dia assiste-se a “um regresso às origens”, que primazia o corpo.
Para além de uma conversa informal com a bailarina e coreógrafa, os estudantes de terceiro ano, da Escola Superior de Dança, tiveram a possibilidade de experimentar repertório de uma criação alusiva ao holocausto, de 1999, da Companhia de Dança Contemporânea de Évora.[video:https://www.youtube.com/watch?v=xXbo9PqJF9M]
Fundada em 1989, e assumindo como principal missão a intervenção comunitária junto das escolas, a Companhia de Évora, tem apresentado vários projetos artísticos.
Recentemente estreou em palco “Eros e Psiquê”, baseado na lenda mitológica grega com o mesmo nome, e inspirado na linguagem estética do filme “La Belle et la Bête” realizado por Jean Cocteau, em 1946. O espetáculo, uma alegoria à união da alma com o corpo, em digressão nacional e internacional, que se prevê que termina em 2016, é uma criação de Nélia Pinheiro.
O espetáculo “Romeu e Julieta, encontro e desencontro”, com direção e coreografia de Benvindo Fonseca, mantém-se há mais de um ano em digressão.