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23.04.2018
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Esta é a primeira de muitas iniciativas que vão passar pelo Espaço Politécnico Lx, em Benfica, concebido para receber mostras de cariz cultural e artístico. A exposição inaugurou a 9 de abril, com a presença do presidente do Politécnico de Lisboa, Elmano Margato, o pró-presidente para as Artes, Paulo Morais-Alexandre, Margarida Velez, filha do artista e o presidente da Câmara Municipal de Nisa, João Caetano, terra natal de Manuel Lima.

"Abrir o IPL à sociedade" foi a mensagem deixada por Elmano Margato, na inauguração da Mostra da obra do Mestre Manuel Lima, no Politécnico de Lisboa, mostrando a aposta da instituição na promoção de eventos de cariz cultural e artístico. O presidente do IPL anunciou, estar para breve, a apresentação de uma agenda cultural online, onde seja possível divulgar todas as iniciativas do IPL e das Unidades Orgânicas.

 Paulo Morais-Alexandre, impulsionador da exposição, e autor de um dos textos do catálogo da Mostra, reforçou a qualidade da obra de Manuel Lima,  na qual "há uma mão de autor que não é muito habitual". Enaltecendo o papel de professor que o artista teve, ao longo da vida, o pró-presidente para as Artes disse que "o mais importante (para um professor) é saber morrer, para que um dia os alunos nos ultrapassem, foi isso que Manuel Lima fez". Prova disso foi o testemunho dado por Dário Vidal (pintor) e António Casimiro (cenógrafo), dois dos muitos alunos que o Mestre ensinou e que marcaram presença na inauguração da exposição.

 



No Espaço Politécnico Lx, estão expostas 38 obras, cedidas pela filha do artista, Margarida Velez, que mostram as várias técnicas e abordagens que refletem o percurso artístico de Manuel Lima. Desde pintura a óleo, carvão e guache, tinta da china, desenho a lápis, guache negro, acrílico, aos vários materiais, nomeadamente, o óleo aplicado sobre tela e sobre madeira.

A exposição vai estar patente até 27 de abril, de segunda a sábado, com entrada livre. Paralelamente, e na sequência do cruzamento do percurso do mestre com o Teatro e Cinema, estão em exposição, na Escola Superior de Teatro e Cinema, na Amadora, trabalhos cenográficos e desenhos de Manuel Lima.

A iniciativa surge para assinalar o 32.º aniversário do Politécnico de Lisboa, cuja cerimónia comemorativa vai decorrer a 3 de maio (quinta-feira), no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.

Sobre Manuel Lima

A
exposição inaugurada no Espaço Politécnico Lx, surge como forma de dar a conhecer ao público, a vasta obra, e muitas vezes inédita, de Manuel Lima, considerado um mestre em várias áreas, nomeadamente como artista plástico, tendo produzido um conjunto de trabalhos, muito significativo, visível nos catálogos das exposições que realizou. Nascido em 1911, foi professor na Escola António Arroio, docente na Escola Superior de Belas Artes da Universidade de Lisboa, que frequentou, e onde concluiu o Curso Superior de Pintura.

Com uma forte ligação ao Teatro e ao Cinema, Manuel Lima, foi responsável, a partir de 1946, pela cenografia e direção artística de inúmeras produções. Trabalhou para várias salas e para vários géneros de Teatro. No cinema, a sua carreira iniciou como assistente de arte no filme Camões, de Leitão de Barros e continuou até 1972, com a direção artística de inúmeros filmes.

A relevância do seu trabalho está bem patente nas obras que fez para edifícios públicos de grande importância, onde estão incluídas pinturas, da sua autoria, que decoravam o salão nobre do Teatro Nacional D. Maria II. Paulo Morais-Alexandre, pró-presidente para as Artes do IPL, escreve, num texto sobre a vida e obra de Manuel Lima, que o "artista plástico foi efetivamente exemplar de uma maneira, de uma forma de fazer arte, em Portugal".

Texto de CS / GCI
Fotos de: MN/GCI
Grafismo de DESIGNLAB4U

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