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15.07.2016
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Press Release

Os presidentes dos Politécnicos de Lisboa, Porto e Coimbra não se revêem na visão redutora e segregadora refletida no contrato “Compromisso com a Ciência e o Conhecimento” proposto pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior às instituições politécnicas. Razão pela qual se recusam a subscrever o referido documento que vai ser assinado, no dia 16 de julho, no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, com os restantes politécnicos.

Ouvidos, no passado dia 14, pela Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, presidida, em substituição, pelo Deputado do Partido Socialista, Porfírio Silva, os presidentes Elmano Margato, Rosário Gambôa e Rui Antunes referiram que, no atual sistema binário, há uma total “ausência de especificidade” nas ofertas formativas das universidades e politécnicos.

Os líderes dos 3 politécnicos que, representam cerca de 40% do ensino politécnico do País, não se revêem no atual modelo binário, que impede os politécnicos de conferir o grau de doutoramento, ainda que tenham todos os requisitos para o fazer.

Em resposta aos presidentes dos politécnicos, a deputada do PS, Elza Pais disse que o atual Governo “está a equacionar a conferência do grau de Doutoramento por parte dos politécnicos”. No entanto, o contrato "Compromisso com a Ciência e o Conhecimento" não contempla a atribuição deste grau pelos Politécnicos.

Rosário Gambôa, presidente do Politécnico do Porto disse que “a Lei do Financiamento não está a ser cumprida”, havendo instituições que recebem mais do que outras, por aluno. A dirigente afirmou que as instituições são todas diferentes, sendo por isso necessário um tratamento diferenciado.

Elmano Margato, presidente do Politécnico de Lisboa, em resposta aos deputados, reiterou a posição da sua instituição em não ministrar Cursos Técnicos Superiores Profissionais, uma vez que pretende que o IPL “ cresça para cima e não para baixo”.

No parlamento foi ainda ressaltado por Rui Antunes, presidente do Politécnico de Coimbra, que “ a organização do ensino superior está assente num preconceito”, uma vez que, em algumas instituições de ensino politécnico, 60% do corpo docente é doutorado.

Texto de GCI

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